GIRO DA NOTÍCIA

MOSTRA REÚNE OBRAS DE LGBT+ EM BRASÍLIA.

#Mostra reúnem diversas visões de LGBTS+ sobre a realidade.


A ideia de mostrar a produção de artistas LGBT+ guiou duas curadorias que levam artes visuais e música a espaços da cidade nos próximos dias. Na Casa da Cultura da América Latina (CAL), o curador Clauder Diniz reuniu trabalhos de 18 artistas do Brasil e da América Latina em O tempo de nossas vidas com a intenção de refletir sobre o envelhecimento entre a população LGBT.

Diniz procurou compreender como a produção dos artistas mais velhos retratavam o universo do envelhecimento, mas também queria ver o que os mais jovens pensavam sobre o tema. Inseriu então diálogos entre gerações que resultaram em uma mostra que fala de desejos, afetos e felicidade, mas também de novas mídias, mundo digital, gênero e sexualidade. “Eu não queria cair na mesmice de falar da solidão e dos problemas sociais dos gays e lésbicas”, explica Diniz. “E encontrei dificuldade em encontrar artistas do universo LGBT que retratassem esse universo. Não foi fácil.”

Temas como desejo e afeto aparecem no trabalho de Gê Orthof, uma instalação confeccionada com baralhos eróticos e imagens em miniatura. Leci Augusto trata de violência contra a mulher enquanto Bia Medeiros mergulha no mapeamento do corpo com imagens ampliadas de detalhes como rugas e dobras. A doença ganha uma carga dramática grande na instalação feita com bulas de remédios pelo mineiro Célio Braga, que trabalha com datas de vencimento de medicamentos utilizados por amigos portadores do vírus HIV.

Nos trabalhos dos mais jovens, há desde o engajamento – evidente em obras como o manifesto queer de Francisco Hurtz – até a influência das redes sociais – caso dos memes que orientam o trabalho de Pamela Soares e das frases absurdas extraídas do Grindr por Caio Jinkings. Do México, o curador trouxe Nelson Morales, autor de uma série de registros fotográficos sobre os muxes, etnia que não se identifica nem como homem nem como mulher e é considerada o terceiro gênero. Fredman Barahona, da Nicarágua, vai trazer suas performances de rua e Rocio Garcia, de Cuba, apresenta uma produção engajada e militante dentro da arte queer cubana.

Autoral: No próximo domingo, é a vez da música autoral feita por mulheres lésbicas, bissexuais e trans ganharem o palco do Outro Calaf na primeira edição do Quanta! Paixão – Festival de artistas LBTs. Uma roda de conversa, venda de livros, adesivos e comidinhas e um line up com sete artistas estão programados para durar a tarde inteira.

Exposição com 18 artistas. Curadoria: Clauder Diniz. Abertura hoje, às 19 h, na Casa da Cultura da América Latina (CAL - Setor Comercial Sul Q. 4 Ed. Anápolis). Visitação até 17 de julho, de segunda a sexta, das 9h às 20h, e sábado, das 9h às 17h

1º Quanta! Paixão — Festival de Artistas LBTsDomingo, 10 de junho, no Outro Calaf (Setor Bancário Sul, Quadra 02, Bloco Q ), a partir de 14h44. ingressos: R$ 12 (antecipado) ou R$ 20 (lote na hora).


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