GIRO DA NOTÍCIA

SEIS EM CADE DEZ BRASILEIROS DESCONHECEM JUROS COBRADOS EM CHEQUE ESPECIAL.

#SPC diz que metade dos entrevistados (45%) reconhece não ter analisado as tarifas e os juros ao utilizar o limite pré-aprovado, seja por que não pensou nisso na hora.


O brasileiro ainda desconhece quanto paga no cheque especial, que virou a linha de crédito mais cara do mercado em maio e ganhou novas regras neste mês de julho com o objetivo de baratear a modalidade.

Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país revela que 63% dos entrevistados afirmaram desconhecer as taxas e os juros cobrados pelo uso do limite, principalmente as classes C, D e E (72%).

Quase a metade dos entrevistados (45%) reconhece não ter analisado as tarifas e os juros ao utilizar o limite pré-aprovado, seja por que não pensou nisso na hora (20%) ou porque precisava muito do recurso e acabou contratando independentemente dos custos (19%).

Em maio, segundo o Banco Central (BC), a taxa média de juros do cheque especial chegou a 311,9% ao ano, passando a taxa média do cartão do crédito, que ficou em 303,6% ano. É quase 48 vezes maior do que a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano e que serve de referência as demais taxas praticadas no mercado.

Uma dívida de R$ 1 mil sobe para R$ 4.118 depois de um ano no cheque especial.

O estudo revelou ainda que 17% dos consumidores recorreram ao cheque especial nos últimos 12 meses, sobretudo as classes A e B (29%), sendo que quase a metade (46%) possui o hábito de entrar todos os meses e 20% a cada dois ou três meses. Por outro lado, 80% afirmam não ter usado o limite neste período.

Seu uso teve como principais finalidades cobrir imprevistos com doenças e medicamentos (34%), quitar dívidas em atraso (23%) e realizar manutenção de automóveis ou motos (18%). Outros 17%, entraram no cheque especial por descontrole no pagamento das contas.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alerta que o fato do serviço não exigir qualquer tipo de burocracia ou garantia acarreta no alto custo de uso. "Sem perceber, muitos entram no limite por achar que o recurso faz parte do seu saldo bancário. E no fim das contas, acabam pagando juros altos", ressalta.

Nome sujo: Segundo o estudo, a inadimplência dos que recorrem ao limite do cheque especial e não conseguem cobri-lo levou um terço dos entrevistados (30%) a ter seu nome sujo. Dentre esses, 15% já regularizaram a situação e 14% permanecem negativados.

De acordo com os especialistas do SPC Brasil, as mudanças nas regras do cheque especial que entraram em vigor neste domingo (1) devem melhorar esse quadro–as instituições financeiras passarão a entrar em contato com os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta por 30 dias consecutivos. Pela nova regra, os bancos deverão oferecer como alternativa um financiamento pessoal mais barato, com a possibilidade de parcelar a dívida.

Seis em cade dez brasileiros desconhecem juros cobrados em cheque especial

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