GIRO DA NOTÍCIA

SINDICATO DOS METALÚRGICOS PEDE AO GOVERNO QUE VETA ACORDO ENTRE BOEING E EMBRAER.

#Sindicato, ligado à CSP-Conlutas informa que, desde que os planos de constituição de joint venture com a companhia americana foram anunciados, demissões "não param de acontecer na Embraer".


O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai pedir ao governo e ao Congresso o veto ao acordo anunciado nesta quinta-feira (5) entre a Embraer e a Boeing e diz que a empresa brasileira tem demitido trabalhadores nos últimos meses.

De acordo com o sindicato, a operação "coloca em risco a soberania nacional e milhares de empregos do setor aeronáutico".

Em nota, o sindicato, ligado à CSP-Conlutas informa que, desde que os planos de constituição de joint venture com a companhia americana foram anunciados, demissões "não param de acontecer na Embraer". "Embora o sindicato não tenha acesso a números oficiais, estima-se que este ano já foram demitidos cerca de 300 funcionários", diz a nota.

Para o sindicato, o governo tem a obrigação de vetar o negócio por meio da ação de classe especial (golden share) que possui na fabricante de aeronaves. "Ao contrário do que afirmou a Embraer em comunicado, essa junção não trará benefícios para o Brasil e, muito menos, para os trabalhadores brasileiros", informou.

No fim da nota, a entidade reafirma posição contrária à venda da Embraer e defende a "imediata estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e a reestatização da empresa". "O governo federal e o Congresso Nacional têm o papel de defender os interesses do Brasil e, portanto, não podem ser coniventes com esse crime de lesa-pátria", disse.

A Embraer anunciou um acordo com a americana Boeing que estabelece as premissas básicas para a criação de uma empresa que receberá a divisão de aviões comerciais da brasileira. As áreas de defesa e de segurança e os jatos executivos da Embraer ficaram de fora da aliança, mas as empresas informaram que pretendem criar uma companhia conjunta também para os aviões militares. Os termos desta parceria não foram detalhados.

As partes avaliam a nova entidade em US$ 4,75 bilhões, sendo que a Embraer será titular de 20% do capital e a Boeing, de 80%. Ou seja, a americana deve pagar US$ 3,8 bilhões pelos 80% da joint venture.

O acordo final será submetido à aprovação do governo brasileiro, que dispõe de uma "golden share", a qual dá poder de veto a Brasília em questões estratégicas da Embraer.

Sindicato pede que governo veta parceria da Embraer com a Boeing

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