GIRO DA NOTÍCIA

TÓQUIO ENCONTRA DIFICULDADE PARA IMPLANTAR ESTRUTURA PARA NOVAS MOBILIDADES DA OLIMPÍADA.

#Tóquio diz que não tem ajuda do COI para implantar novas mobilidades de esportes que estreiam no próximo ano.



A escalada, o karatê, o skate e o surfe nos Jogos de Tóquio-2020, além do breakdance em Paris-2024: as novas modalidades precisam realizar grandes esforços para se prepararem para os Jogos no que diz respeito à luta antidoping ou à classificação, sem ajuda financeira do COI.

"Poucas pessoas entendem o trabalho que representa, para um esporte novo neste universo, a preparação para os Jogos Olímpicos", afirmou Robert Fasulo, diretor-geral da Federação Internacional de Surf (ISA), esporte que fará sua estreia história dos Jogos em Tóquio-2020.

"É um processo complexo. Estar no nível das federações olímpicas históricas demanda muito esforço em termos de governança, de boas práticas", completou o americano.

Em relação ao processo de classificação, "para um esporte sem experiência olímpica, é um desafio". Para a luta antidoping, temos um acordo com a Agência de controle internacional (ITA) para exames durante e fora das competições", explicou Fasulo.

Reunidas na Gold Coast australiana para a convenção SportAccord, as federações internacionais participaram esta semana de reuniões com organizadores de Tóquio-2020, mas também com a Agência Mundial Antidoping (Wada).

"Encadeamos reuniões com as federações, inclusive aquelas que irão entrar no programa dos próximos Jogos, para ajudá-las a aperfeiçoar seus programas antidoping e responder suas perguntas sobre as regras atuais e futuras do código antidoping", explicou Sébastien Gillot, diretor do escritório europeu da Wada em Lausanne.

Cinco outros esportes (beisebol, caratê, escalada, skate, surfe) foram incluídos no programa para os Jogos de Tóquio-2020 e quatro têm presença garantida para Paris-2024 (escalada, skate, surfe e breakdance).

O breakdance foi uma surpresa, para uma pequena federação que, como todas as outras, precisou respeitar um certo número de obrigações, principalmente na luta antidoping.

"Todos os esportes incluídos no programa de Paris-2024 foram submetidos, assim como todos os esportes em geral, a um controle de conformidade", confirmou Gillot. "Houve um diálogo entre o COI e a Wada para saber se a Wada estava satisfeita no momento em que esses esportes foram aceitos no programa".

A Federação internacional de dança esportiva, que rege o breakdance, realizou assim "256 exames antidoping no ano passado e todos deram negativo", explicou Jean-Laurent Bourquin, conselheiro da federação e ex-membro do COI.

Presente nos Jogos Olímpicos da Juventude, em setembro do ano passado, o breakdance selecionou uma parte de seus dançarinos na base de vídeos, com os atletas se comprometendo a passar por exames antidoping.

O beisebol e um caso à parte. Presente no programa olímpico durante vários anos, até Pequim-2008, voltará em Tóquio-2020, mas não estará em Paris-2024.

Tóquio encontra dificuldade para implantar novas mobilidades

Nenhum comentário