GIRO DA NOTÍCIA

COMUNIDADE CATÓLICA QUER CENSURAR PERFORMANCE LGBT+ EM VIRADA CULTURA DE BH.

#Petição também informa que o ato, se realizado, poderá ser tipificado como crime, previsto no artigo 208, do Código Penal. "Eis a tipificação: 'Vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa'", continua a mensagem publicada na petição.





Por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira, mais de 15 mil pessoas haviam assinado uma petiçãona internet que pede a anulação do evento "Coroação da Nossa Senhora das Travestis", programado para acontecer neste sábado, durante a Virada Cultural de Belo Horizonte. O documento pede que o prefeito, Alexandre Kalil, cancele o ato, considerado uma blasfêmia e afronta contra os cristãos.

"Senhor Prefeito Alexandre Kalil, os cristãos e todos os homens de boa vontade vêm pedir o cancelamento do evento 'Academia TransLiterária', previsto para acontecer no dia 20/07, sábado, na Virada Cultural de Belo Horizonte. A razão é que foi autorizada pela Secretaria de Cultura de Belo Horizonte, a realização de uma blasfêmia 'Coroação da Nossa Senhora das Travestis'. Tal ato é uma afronta grave e direta contra o sentimento religioso dos cristãos, majoritários no Brasil e em Belo Horizonte", diz o texto.

A petição também informa que o ato, se realizado, poderá ser tipificado como crime, previsto no artigo 208, do Código Penal. "Eis a tipificação: 'Vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa'", continua a mensagem publicada na petição.

Ainda segundo o documento, a "referida coroação, financiada com dinheiro público, envergonha e assusta os belo-horizontinos, os cidadãos ordinários e católicos. Autorizar tal vilipêndio mancharia a história da cidade e tornaria criminoso o uso de verbas públicas que, obtidas pelo suor dos cidadãos, seriam empregadas em favor de um grupo truculento que chama de arte o desrespeito, a blasfêmia, o acinte, a gozação, enfim, o brincar com o sagrado".

A polêmica chegou ao conhecimento do deputado federal Eros Biondini que, nessa quinta-feira, publicou vídeo pedindo respeito e considerando a performance uma "zombaria com a fé de um povo inteiro". Na gravação, ele diz ter recebido centenas de mensagens de pessoas indignadas com o espetáculo. "Nós exigimos respeito e pedimos que todos se mobilizem para que chegue até o nosso prefeito e ele possa tomar as devidas providências".

Por volta das 11h30 desta sexta, o prefeito Alexandre Kalil se manifestou no Twitter, à respeito da polêmica: "Defendo todas as liberdades. Sou católico, devoto de Santa Rita de Cássia. Fiquem tranquilos, ninguém vai agredir a religião de ninguém. Isso não é cultura".

A Secretaria de Cultura de Belo Horizonte ainda não emitiu qualquer declaração a respeito da manutenção ou cancelamento do espetáculo da grade da Virada Cultural.

Já a Arquidiocese de Belo Horizonte, emitiu nota, dizendo que toda a comunidade, incluindo o arcebispo e presidente da CNBB, dom Walmor, bispos auxiliares, padres, diáconos, religiosos e religiosas, ministros e evangelizadores, "rebatem, com indignação, a ação preconceituosa e criminosa de desrespeito à fé cristã católica, o evento de título 'Coroação a Nossa Senhora dos Travestis".

O texto diz ainda que se exige e se espera por parte das autoridades a suspensão do evento, "por ser incontestável fomento ao preconceito e à discriminação, desrespeito aos valores da fé cristã católica, devendo saber que estão comprometendo gravemente a paz e o exigido relacionamento cidadão respeitoso".

"Não é admissível instrumentalizar Nossa Senhora, desrespeitando-a para se promover um evento que se diz cultural, mas na verdade, configura-se em agressão à fé cristã católica. Não se cultiva tolerância a partir do desrespeito", continua o texto publicado na nota, que ainda faz uma convocação para os católicos se manifestarem, exigindo respeito e a suspensão imediata do espetáculo.

"Seja também acolhido o nosso pedido, protocolado junto a autoridades e instâncias competentes de defesa da verdade e da moralidade, das quais se espera o posicionamento legal e urgente, com a proibição desse ato abominável contra a fé cristã católica. Católicos, paróquias, instituições, associações, movimentos e novas comunidades, todos nós, manifestemos fortemente, neste momento, para que prevaleça o bom senso, a verdade e a justiça pela paz!".

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