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PANES NO METRÔ DE RECIFE CRESCERAM 28% EM 2019.

#Metrô do Recife parou e os passageiros tiveram que descer dos trens 73 vezes. foram pouco mais de dez quebras a cada 30 dias. Em comparação aos sete primeiros meses de 2018, houve aumento de 28%, já que, entre janeiro e julho, houve 57 falhas.






Nos primeiros sete meses de 2019, o Metrô do Recife parou e os passageiros tiveram que descer dos trens 73 vezes, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Em média, entre janeiro e julho, foram pouco mais de dez quebras a cada 30 dias. Em comparação aos sete primeiros meses de 2018, houve aumento de 28%, já que, entre janeiro e julho, houve 57 falhas.

Para quem mora no Grande Recife, o metrô é a opção mais rápida de transporte público, mas quando o sistema para a certeza é de sufoco para os mais de 400 mil passageiros que circulam pelas três linhas férreas. Na última sexta-feira (23), a linha sul ficou parada por 20 minutos.

Na quinta-feira (22), a linha sul ficou parada por quatro horas, por causa de uma falha elétrica. Em julho, a linha centro foi afetada por um problema que durou cinco dias.

A cuidadora de idosos Silvia Estevão estava dentro do trem que quebrou, na quinta. Por causa do problema, ela teve que se virar para chegar no trabalho.

"O metrô quebrou e tivemos que descer em outra plataforma. Saí de casa às 4h40 e cheguei ao trabalho às 10h, em Piedade [em Jaboatão dos Guararapes]. Foi muito sufoco e correria. Já quebrou outras vezes e, em uma delas, tive que ficar dentro do trem, porque estava entre duas estações", diz a cuidadora.

De acordo com o superintendente da CBTU em Pernambuco, Leonardo Villar, problemas na rede elétrica são as principais causas das panes nos trens. Além disso, a falta de dinheiro prejudica todo o sistema.

"Entre 2010 e 2016, o metrô praticamente não recebeu recursos, tanto que, em 2016, houve uma decisão dos técnicos de paralisar o metrô por falta de condições operacionais. A falta de recursos, hoje, ainda é presente", afirma Leonardo.

Ao todo, no sistema, há 40 trens, mas 14 deles estão quebrados, na oficina do metrô. A situação é a mesma desde 2016 e, segundo a CBTU, não há previsão de conserto, por falta de dinheiro. Ainda assim, desde maio, a passagem subiu de R$ 1,60 para R$ 2,10, em dois aumentos escalonados.

Em setembro, a passagem chegará a R$ 3 e, em março de 2020, atingirá a casa de R$ 4. A CBTU é uma empresa pública, que recebe dinheiro do governo federal. De acordo com o superintendente, a companhia recebeu R$ 104 milhões em 2018 e, para 2019, o valor do repasse foi calculado antes do aumento das passagens.

Estavam previstos R$ 98 milhões, mas R$ 40 milhões foram bloqueados pelo governo. Desde julho, o repasse tem ocorrido mês a mês e o reajuste da tarifa deverá ter impacto no orçamento a partir de 2020.

"Esperamos que, no próximo ano, com o reforço do argumento de que estamos arrecadando mais, tenhamos um repasse maior, e aí poderemos aumentar a velocidade de recuperação e melhoria do sistema", explica Leonardo Villar.

Panes no metrô do Recife cresceram 28% em 2019

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