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CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS COMEÇA NESTA QUARTA-FEIRA NO RECIFE.

#Evento apresentará experiências, negócios, tecnologias e políticas brasileiras que contribuem para frear o aquecimento global. Serão três dias de diálogo e mais de 50 painéis e atividades em nove diferentes espaços.






A Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC) começa nesta quarta (6), no bairro do Recife, reunindo ONGs, comunidade científica, movimentos sociais, governos e o setor privado e público brasileiro. Serão três dias de diálogo e mais de 50 painéis e atividades em nove diferentes espaços. O evento apresentará experiências, negócios, tecnologias e políticas brasileiras que contribuem para frear o aquecimento global.

A abertura acontece no Arcádia Paço Alfândega, a partir das 8h30, e conta com a participação do governador Paulo Câmara; do prefeito do Recife, Geraldo Julio, do presidente do instituto Ethos, Caio Magri; da representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Valeria Paye, além de governadores de outros estados do Brasil.

No evento haverá o lançamento de documentos que visam promover os compromissos da sociedade civil, setor público e privado com a agenda do clima, florestas e desenvolvimento sustentável. Um deles é a “Declaração do Recife”, que sugere às empresas assumir publicamente compromissos de redução de emissões e zerar o desmatamento ilegal em toda cadeia de valor; aos governos, o documento sugere como criar e implementar medidas de mitigação às mudanças climáticas; e para as organizações civis, pontua como estabelecer parcerias e intercâmbio de soluções para otimizar as ações de enfrentamento à crise climática. Na ocasião, o documento será disponibilizado para adesões, sendo assinado por prefeitos e governadores.

O outro documento é a “Carta dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente pelo Clima”, que será apresentada pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e já foi assinada por representantes de todos os estados do país e do Distrito Federal. A carta ratifica o impacto das mudanças do clima em escala regional e local. Também reconhece o papel dos Estados na promoção da adaptação aos eventos climáticos, bem como na adoção de um modelo de desenvolvimento de baixo carbono.


Dentro da programação, a conferência contará com a participação de ambientalistas renomados, como coordenador geral do MapBiomas e do SEEEG, Tasso Azevedo; o cientista Emilio Lèbre La Rovere, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pesquisa e Pós-Graduação de Engenharia da UFRJ; e, José Carlos Carvalho, ex-ministro de Meio Ambiente. Tasso Azevedo estará à frente do painel 'Lançamento da nova edição do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG)”, que acontece no dia 6 de novembro, às 11h40, no Arcádia Paço Alfândega, no Bairro do Recife. O SEEG foi a primeira iniciativa não-governamental no mundo de cálculo anual de CO2 em todos os setores da economia.

Já Emilio La Rovere e José Carlos Carvalho dividem o painel “Política multilateral e os compromissos do Estado brasileiro: a Convenção sobre Biodiversidade Ecológica e o Acordo de Paris e Acordo de Escazú”, no dia 7 de novembro, às 15h50, no Paço Alfandega. Pouco antes, às 14h, La Rovere vai compor o painel “Situação do mercado de carbono global e o contexto e posicionamento do Brasil”, no Centro de Artesanato.

Inventário: O primeiro inventário de Gases de Efeito Estufa do Estado será apresentado, às 14h, no Arcádia do Paço Alfândega. O documento é um mapeamento, de forma sistemática, das contribuições dos setores e produtos que geram emissões de GEE, de forma direta ou indireta, no período de 2015 a 2018. Os dados serão determinantes para o estabelecimento de metas concretas na diminuição de emissões, além de instrumento norteador da revisão do Plano de Enfrentamento às Mudanças do Clima.


Recife recebe evento sobre clima

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