O QUE O BRASIL PODE ESPERAR NA 11ª REUNIÃO DO BRICS?
#Chefes de governo discutirão saídas comuns para pautas diversas. A Índia, por exemplo, deve trazer à mesa a pauta do combate ao terrorismo, enquanto o Brasil tentará conquistar investimentos, além de incentivo à ciência, tecnologia e inovação.
A partir de hoje, líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estarão reunidos em Brasília para a 11º reunião de cúpula do Brics – grupo formado pelas cinco principais economias emergentes do planeta. Somados, os cinco países representam 41% da população e 15% do PIB mundial. Daí o interesse em manterem-se unidos em torno de um pacto de desenvolvimento mútuo, reafirmado anualmente com o encontro de líderes.
Até amanhã, os chefes de governo discutirão saídas comuns para pautas diversas. A Índia, por exemplo, deve trazer à mesa a pauta do combate ao terrorismo, enquanto o Brasil tentará conquistar investimentos, além de incentivo à ciência, tecnologia e inovação.
Porém, segundo Ricardo Caichiolo, professor de Relações Internacionais e coordenador da pós-graduação do Ibmec/Brasília, não se deve esperar muitos resultados práticos deste evento em específico.
"O Brics acontece ao longo do ano todo. Esse encontro é um momento mais expressivo, mas em termos práticos, acho que pouco vai se avançar. O mais interessante é que todos os países vão ter encontros bilaterais entre si, o que facilita a negociação", explica o professor.
Política no centro: Se facilita por um lado, por outro, pode azedar. De acordo com Caichiolo, China e Rússia veem com desconfiança a guinada ideológica à direita do governo brasileiro sob Bolsonaro, especialmente com a aproximação e o alinhamento do Brasil com as pautas dos Estados Unidos. A China, maior parceiro comercial do Brasil (destino de 27,6% da exportação nacional) vive uma guerra comercial sem precedentes com os Estados Unidos, cuja relação com a Rússia se mantém em frágil equilíbrio.
"Apesar dos aspectos econômicos, há toda uma questão política ao redor do encontro. Questões da América Latina, por exemplo. O Brasil não reconhece que houve golpe na Bolívia, enquanto os demais países do Brics, sim. E o Brasil é o único que reconhece Juan Guiadó como presidente da Venezuela", enumera Caichiolo.
Na quinta-feira, último dia do encontro, os presidentes devem emitir uma declaração conjunta sobre os pontos em que entraram em acordo. Porém, ainda não se sabe exatamente com que os líderes como Vladmir Putin, Xi Jiping e Jair Bolsonaro vão concordar.
A partir de hoje, líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estarão reunidos em Brasília para a 11º reunião de cúpula do Brics – grupo formado pelas cinco principais economias emergentes do planeta. Somados, os cinco países representam 41% da população e 15% do PIB mundial. Daí o interesse em manterem-se unidos em torno de um pacto de desenvolvimento mútuo, reafirmado anualmente com o encontro de líderes.
Até amanhã, os chefes de governo discutirão saídas comuns para pautas diversas. A Índia, por exemplo, deve trazer à mesa a pauta do combate ao terrorismo, enquanto o Brasil tentará conquistar investimentos, além de incentivo à ciência, tecnologia e inovação.
Porém, segundo Ricardo Caichiolo, professor de Relações Internacionais e coordenador da pós-graduação do Ibmec/Brasília, não se deve esperar muitos resultados práticos deste evento em específico.
"O Brics acontece ao longo do ano todo. Esse encontro é um momento mais expressivo, mas em termos práticos, acho que pouco vai se avançar. O mais interessante é que todos os países vão ter encontros bilaterais entre si, o que facilita a negociação", explica o professor.
Política no centro: Se facilita por um lado, por outro, pode azedar. De acordo com Caichiolo, China e Rússia veem com desconfiança a guinada ideológica à direita do governo brasileiro sob Bolsonaro, especialmente com a aproximação e o alinhamento do Brasil com as pautas dos Estados Unidos. A China, maior parceiro comercial do Brasil (destino de 27,6% da exportação nacional) vive uma guerra comercial sem precedentes com os Estados Unidos, cuja relação com a Rússia se mantém em frágil equilíbrio.
"Apesar dos aspectos econômicos, há toda uma questão política ao redor do encontro. Questões da América Latina, por exemplo. O Brasil não reconhece que houve golpe na Bolívia, enquanto os demais países do Brics, sim. E o Brasil é o único que reconhece Juan Guiadó como presidente da Venezuela", enumera Caichiolo.
Na quinta-feira, último dia do encontro, os presidentes devem emitir uma declaração conjunta sobre os pontos em que entraram em acordo. Porém, ainda não se sabe exatamente com que os líderes como Vladmir Putin, Xi Jiping e Jair Bolsonaro vão concordar.
Brasil recebe cúpula do BRICS |
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