GIRO DA NOTÍCIA

NÚMERO DE LÍDERES INDÍGENAS MORTOS NO BRASIL BATE RECORDE EM 2019.

#Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas da Força Nacional à região do Maranhão. A medida é vale por 90 dias e estará em vigor até março de 2020 - podendo ser prorrogada.





O número de lideranças indígenas mortas em conflitos no campo em 2019 foi o maior em pelo menos 11 anos, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). De acordo com o levantamento, foram sete assassinatos neste ano, contra duas mortes no ano passado.

As vítimas são dos povos Waiãpi, Apurinã, Tukano, Guajajara e Mura. Em todos os casos, as terras destas lideranças são alvo de disputas na região amazônica, sofrendo com invasões, garimpo e grilagem.

Localizada no oeste do Amapá, a aldeia Waiãpi denunciou no final de julho a invasão de garimpeiros. Ao chegar ao local, a Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou a morte do líder Emyra Waiãpi, de 62 anos. Ele tinha marcas de perfurações e cortes na região pélvica.

Outros três assassinatos de lideranças de diferentes etnias aconteceram em Manaus. Segundo informações do Cimi, os indígenas viviam em bairros periféricos da cidade da capital, com forte presença do narcotráfico. A organização afirma, ainda, que há uma hipótese de que esses crimes tenham sido praticados por incômodo dos traficantes com a presença indígena na periferia da capital amazonense.

Já no Maranhão, o primeiro caso ocorreu em 1º de novembro, quando Paulo Paulino foi morto. Ele tinha 26 anos e foi executado em um conflito na terra Arariboia.

Essas terras são as que mais sofreram queimadas neste ano, considerando as áreas indígenas do Estado do Maranhão: foram 126 focos desde janeiro. E por pouco não está entre as dez mais desmatadas da última década da Amazônia: está em 11º lugar e perdeu 63,67 km² de floresta desde 2008, de acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


O outros dois casos aconteceram no último final de semana, quando dois líderes da aldeia Guajajara foram mortos no Maranhão. O cacique Firmino Prexede Guajajara, com 45 anos, e Raimundo Benício Guajajara, com 38 anos, morreram em um atentado na BR-226, perto da terra indígena Cana Brava/Guajajara, na cidade de Jenipapo dos Vieiras. Entidades defendem que a disputa por terras motivaram os crimes.

Força Nacional: Após os dois últimos episódios, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas da Força Nacional à região do Maranhão. A medida é vale por 90 dias e estará em vigor até março de 2020 - podendo ser prorrogada.

Segundo a portaria do Ministério da Justiça, a ação tem o objetivo de garantir a integridade física e moral dos povos indígenas, dos servidores da Funai e dos não índios na região.

Número de líderes indígenas mortos cresce
   

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