BIENAL DE SÃO PAULO É ADIADA PARA 2021 POR CONTA DA COVID-19.
Esta é a segunda vez na história do evento, criado em 1951 e considerado o mais importante do calendário de artes plásticas do país, em que ele é adiado em um ano.
Isso também aconteceu com a 22ª edição da mostra, mas por razões mais simples –programada para 1993, ela foi transferida para 1994 para que passasse a ser realizada sempre em anos pares e, assim, não coincidisse com a Bienal de Veneza.
A decisão de agora vem depois do anúncio, em março, de mudanças bem menos radicais na programação. Então, a organização da mostra havia adiado a sua abertura de 5 de setembro para 3 de outubro deste ano.
Além disso, exposições individuais da paulista Clara Ianni e da fotógrafa americana Deana Lawson que antecederiam o evento principal no Pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, nos meses de abril e de junho também haviam sido suspensas -um desses solos previstos, da peruana Ximena Garrido-Lecca, chegou a acontecer em fevereiro.
Com as substituições de agora, no entanto, os maiores efeitos devem recair sobre a estrutura pensada pelo time liderado pelo curador da edição, Jacopo Crivelli Visconti. Intitulada "Faz Escuro mas eu Canto", a Bienal pretendia se espalhar por museus e instituições de arte de toda a cidade por meio de exposições individuais dos mesmos artistas exibidos no Pavilhão.
Assim, afirmou Crivelli Visconti numa entrevista à Folha no ano passado, o público entraria em contato com a poética individual dos artistas ao mesmo tempo em que poderia, em outro lugar e contexto, ver como essa produção se articula numa mostra mais temática.
Agora, no entanto, a ideia é que esse "coro", nas palavras do curador, se torne um "poema escrito pouco a pouco", de acordo com a disponibilidade de cada uma das instituições parceiras. Desse modo, as exposições individuais que aconteceriam ao mesmo tempo que a mostra coletiva devem antecedê-la até setembro de 2021.
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