CONSTRUÇÃO DA MAIOR RODA GIGANTE DA AMÉRICA LATINA EM PINHEIROS CAUSA DIVERGÊNCIA DE MORADORES.
#Projeto será implementado pela empresa SPBW, vencedora do chamamento público. Ela pagará à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto - o que for maior.
Com 90 metros de altura e anunciada como “o novo cartão postal de SP” pelo governo do estado, a roda gigante que será instalada no Parque Cândido Portinari, na Zona Oeste de São Paulo, não foi recebida com o mesmo entusiasmo por alguns moradores da região.
O parque é cercado por bairros de classe média alta, como City Boaçava, Alto de Pinheiros e Vila Leopoldina. Em redes sociais, há quem reivindique o embargo da construção e reclame que o projeto vai “tirar a calmaria” e trazer “problemas de criminalidade”.
Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, a roda gigante será a maior da América Latina e faz parte das ações de revitalização do entorno do Rio Pinheiros.
Após os licenciamentos necessários na Prefeitura de São Paulo, a expectativa do governo é a de inaugurar a atração até o final de 2021. Parte dos ingressos deve ser destinada à população de baixa renda, informou a pasta.
No grupo “Alto de Pinheiros quer paz”, no Facebook, a nova atração embalou discussões. “Como atuar para embargar a construção de uma roda gigante no Parque Villa-Lobos”, escreveu uma participante.
"Também não gostei, vai ficar horrível e piorar a frequência", escreveu outro. “Esse aparelho vai tumultuar nosso sossegado bairro, tirando nossa calmaria, além de trazer problemas logísticos, de criminalidade”, criticou mais um integrante.
Há também quem alegue que o local não possui infraestrutura. Antes da pandemia do novo coronavírus, o Parque Villa-Lobos chegava a receber cerca de 20 mil pessoas aos finais de semana, e grande parte chegava pela da Linha 9-Esmeralda da CPTM, na Estação Villa-Lobos-Jaguaré.
No entanto, no grupo de moradores, muitos defendem o novo projeto para a região. “O parque é enorme, cheio de espaços vazios, uma alegria para as famílias e não atrapalha nenhuma vista ou fluxo de veículos já existentes. Vamos deixar de bairrismo, esnobismo e elitismo".
O projeto será implementado pela empresa SPBW, vencedora do chamamento público. Ela pagará à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto - o que for maior.
O governo do estado informou que não terá custos para a implantação e manutenção do projeto, e que a empresa tem uma permissão de uso de 10 anos do espaço.
A previsão é que a roda tenha 42 cabines com capacidade de 8 pessoas por cabine. O público previsto é de 1.300 pessoas por dia, com "picos eventuais" de 4 a 5 mil pessoas.
A Prefeitura de São Paulo informou que a proposta foi apresentada nesta terça-feira (13), à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), responsável pela paisagem urbana, e "o projeto está sendo analisado pelo Município".
Fonte/: G1
Texto/: G1
Produção/: G1
Replica/: CNI
Imagem/: Internet
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