BOLÍVIA VAI ÀS URNAS ESCOLHER NOVO PRESIDENTE EM MEIO AO CAOS POLÍTICO E ECONOMICO.
#Bolívia vive 1 período de turbulência e instabilidade política desde a eleição presidencial do ano passado. Morales, acusado de fraudar a votação, foi forçado a renunciar pelo Exército boliviano. Ele foi sucedido por 1 governo provisório conservador chefiado por Jeanine Áñez, que, apegada ao poder, adiou a eleição geral mais de uma vez devido à pandemia de coronavírus.
Quando os bolivianos forem às urnas neste domingo (18.out.2020) para eleger 1 novo governante e um novo Parlamento, o ex-presidente Evo Morales não aparecerá nas cédulas de votação. Será a primeira eleição sem sua participação desde 1997, ou seja, em mais de duas décadas.
Exilado na Argentina, Morales escolheu seu ex-ministro e aliado próximo Luis Arce como candidato do partido Movimento para o Socialismo (MAS) à presidência da Bolívia.
Falando em 1 evento de campanha em Santa Cruz nesta semana, Arce prometeu que o partido de Morales retornaria ao poder: “Eles puxaram uma arma para nós e nos forçaram a deixar o cargo, mas vamos voltar“. Pesquisas de opinião mostram que entre 30% e 40% dos bolivianos querem ver o MAS governando o país novamente.
Muitos integrantes de povos indígenas, agricultores e moradores mais pobres das cidades da Bolívia acumulam esperanças de que o partido poderia tirar a nação da crise gerada pela pandemia de covid-19 e trazer a economia de volta aos trilhos.
Mas uma parte considerável dos bolivianos ficou totalmente desiludida com a legenda, suas tendências autoritárias e o nepotismo em suas fileiras. Eles odiariam ver o retorno de Morales, que dizem ter apoiado os agricultores que plantam folha de coca.
“Se o MAS vencer a eleição, não haverá misericórdia para a oposição“, diz Alejandro Colanzi, ex-parlamentar opositor e professor universitário.
Caos político na Bolívia
A Bolívia vive 1 período de turbulência e instabilidade política desde a eleição presidencial do ano passado. Morales, acusado de fraudar a votação, foi forçado a renunciar pelo Exército boliviano. Ele foi sucedido por 1 governo provisório conservador chefiado por Jeanine Áñez, que, apegada ao poder, adiou a eleição geral mais de uma vez devido à pandemia de coronavírus.
O pleito deste domingo visa finalmente trazer a estabilidade de volta ao país. Mas Maria Teresa Zegada, socióloga da Universidade de Cochabamba, duvida que isso aconteça. “O MAS está ameaçando não reconhecer 1 resultado eleitoral vantajoso”, afirma.
A especialista argumenta que, se a oposição boliviana vencer, ela será “permanentemente confrontada com a pressão de movimentos sociais, que são controlados pelo MAS”. Zegada acredita que a Bolívia poderia, então, se afundar numa instabilidade política de longo prazo, como não se vê desde os anos 1990.
As empresas, em particular, estão preocupadas com a perspectiva de manutenção da turbulência política. “Precisamos de estabilidade para poder fazer planos, e precisamos que o Estado apoie as empresas privadas em vez de dificultar as coisas para elas”, diz Pedro Colanzi, do Instituto Boliviano de Comércio Exterior, sediado em Santa Cruz. A cidade abriga 30% de toda a população da Bolívia e é responsável por mais de 1/3 de seu produto interno bruto (PIB).
A Bolívia é 1 país profundamente polarizado quando se trata de poder econômico e político, uma situação agravada pelas contínuas tensões entre a população indígena e não indígena. Juntos, esses fatores tornam governar o país algo muito desafiador.
Fonte/: Poder360
Texto/: Poder360
Produção/: Poder 360
Replica/: CNI
Imagem/: Internet
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