AVIÃO COM IMIGRANTES VENEZUELANOS CHEGA A PORTO ALEGRE NESTA TERÇA-FEIRA.
#Imigrantes, que estão deixando seu país em razão da crise econômica e procuram refúgio no Brasil, devem desembarcar no aeroporto Salgado Filho no fim da tarde. O destino dos estrangeiros será Porto Alegre, Viamão e Santo Antônio da Patrulha.
O avião está levando 236 pessoas, entre venezuelanos e representantes de prefeituras gaúchas. A viagem será divida em duas partes. A primeira parada será no Aeroporto de Garulhos, em São Paulo, onde desembarcarão 93 imigrantes. Depois, a aeronave parte rumo ao Rio Grande do Sul. A distância entre Boa Vista e Porto Alegre é de cerca de 5.800 quilômetros.
No aeroporto de Boa Vista, o clima entre os imigrantes era de felicidade e alívio por deixarem os abrigos. A principal reclamação dos venezuelanos é o calor das instalações improvisadas.
Ramon Rivas, 40 anos, e sua família fazem parte do grupo de 39 venezuelanos que serão abrigados em Viamão, na Região Metropolitana. Ele trabalhava como mecânico de automóveis no país vizinho e a esposa, Rosa Emília Pinto, 49 anos, como empregada doméstica. O casal está viajando com os três filhos, de seis, 11 e 15 anos.
— Nós deixamos a Venezuela por causa da crise. Não tínhamos comida nem atendimento médico. Nossa expectativa é conseguir um emprego em Viamão e ter, finalmente, uma vida melhor — disse Ramon Rivas.
10 dias pedalando até Boa Vista: O venezuelano Cleiton Yapez está comemorando 41 ano no dia em que está deixando o abrigo em Roraima para começar uma nova vida em São Paulo. Ele, a esposa Miriamk Yapez, 34 anos, e o filho Cleiver Yapez, 9 anos, chegaram ao Brasil pedalando. Foram 10 dias de viagem.
Cleiton e a família saíram da cidade de Pariaguán e, intercalando entre pedaladas e caronas, chegaram cinco dias depois à Santa Helena, ainda na Venezuela. Os 200 quilômetros entre Santa Helena e Boa Vista foram percorridos pedalando.
— Deus me deu comida no caminho, porque as pessoas me doavam alimentos para cozinhar — explica Cleiton.
Na mochila, ele trouxe somente ferramentas, duas calças, duas camisas, uma bermuda e um tênis. Lá na Venezuela último trabalho foi agricultor, mas já atuou como ajudante na fabricação de estrutura metálica e pedreiro.
— Eu deixei meu país para assegurar melhor futuro ao filho e espero conseguir isso.
Quando questionado sobre o que quer ganhar de presente de aniversário, a resposta é direta:
— Já comecei a ganhar com essa viagem. Eu e minha família começando uma nova vida.
Grupo de venezuelanos chega ao RS nesta Terça-Feira |
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