SUL DO BRASIL SOFRE COM ESTIAGEM HÁ SETE MESES E COVID-19 AGRAVA AINDA MAIS AS PRODUÇÕES INDUSTRIAIS.
#Estiagem afeta o Sul do Brasil desde Agosto de 2019 quando as chuvas fortes e constantes perderam força. O inverno deve ser seco e muito frio alerta meteorologias.
A região Sul segue sendo afetada pela estiagem. A falta de chuvas já vem desde agosto do ano passado, com intervalo de chuva em outubro e depois em janeiro. Segundo o climatologista Márcio Sônego o mês de fevereiro registrou pouca chuva, mas isto favoreceu a colheita de arroz.
O mês de março continuou seco e favoreceu a safra de mel, mas trouxe prejuízos a produtores de maracujá. O clima ainda seco em abril agravou a safra de maracujá e banana, e o crescimento das pastagens, impedindo a semeadura das pastagens de inverno (azevém e aveia). As previsões apontam que pelo menos nos próximos dez dias não deve haver chuvas abundantes que solucionem a seca, informou Sônego. "Em maio a previsão é de até 90 mm, o que aliviaria a situação, mas o inverno deve ser de pouca chuva e mais frio, por causa da volta do fenômeno La Niña", informou.
Com as previsões de pouca chuva nos próximos dias, Edson Borba da Gerência Regional de Criciúma disse que a região Sul passará a ter maiores perdas. "Principalmente em milho safrinha, silagem, pastagem de inverno, produção de leite e hortaliças", comentou. Borba levantou os efeitos da estiagem na região Sul, que são:
Deterioração da qualidade das pastagens;
Antecipação no uso da silagem;
Dificuldades no plantio da silagem na safrinha e das pastagens de inverno;
Aumento dos custos de produção;
Redução no ritmo de ganho de peso / perda de peso;
Venda de terneiros/novilhos com peso abaixo da média;
Produção de leite: -4% a -6% em março, com perspectiva de intensificação em abril
Fruticultura: diminuição da qualidade e queda de produção de maracujá, pitaia e banana;
Queda na produção de milho segunda safra e milho silagem.
Ainda conforme o gerente, a equipe da Epagri observou a comunicação de ocorrências de perdas para fins de acionamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) nas lavouras de milho nos municípios de Içara, Araranguá, Cocal do Sul, Urussanga e Sombrio.
De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) 2017, na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), existem 2.117 propriedades ruaris que produzem milho; e 4.717 propriedade que criam bovinos, e destes, 3.890 propriedades produzem leite. Somando milho (segunda safra) e milho silagem, são aproximadamente 5.200 hectares, disse Borba.
Em Araranguá, Sérgio Marini, que é vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, falou que a situação é complicada quanto ao consumo de água. "Já tem comprometimento no abastecimento do consumo humano nas comunidades. Eu sou testemunha moro numa comunidade aonde ja estmo com difuldade de água potável na comunidade, tem problemas sérios na pastagem para o gado, as pastagens não se desenvolvem, estão secando; nas safrinhas de feijão, milho, todas estão sendo comprometidas pela falta de água; os nossos mananciais estão praticamente secos na região, temos o contato com diversos municípios da Bacia, os nossos mananciais já praticamente estão sem nada de água,nem a evasão ecológica", explicou.
Marini disse ainda que a situação só não é mais dramática porque não está no período da safra."A safra normal começa no mês de agosto a fevereiro, porque se essa estiagem acontecesse durante a safra, certamente nós iríamos ter umas frustrações de safra muito grande, mas mesmo assim, as outras culturas como a safrinha, todas elas estão sofrendo", comentou.
Neste momento o que está sendo feito é "principalmente, nós das associações, como a Associação Catarinense de Irrigação, a pouca água que tem é primeiro para o abastecimento humano e segundo para o abastecimento animal, e se sobrar outros setores podem usar", explicou Marini. A psicultura também deve enfrentar dificuldades nestes próximos meses, por conta da necessidade de repor água para a oxigenação dos peixes, informou.
Proagro
Visando atender aos pequenos e médios produtores, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional - CMN.
O Proagro foi criado pela Lei 5.969/1973 e regido pela Lei 8.171/1991, ambas regulamentadas pelo Decreto 175/1991 e pela Lei Federal 12.058/2009. Suas normas são aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional -CMN e codificadas no Manual de Crédito Rural (MCR-16), que é divulgado pelo Banco Central do Brasil. (Fonte: Ministério da Agricultura)Projeto Irrigar
Objetivo: incentivar a irrigação das lavouras e pastagens, envolvendo o armazenamento de água em tanques escavados ou ainda em pequenos barramentos e os equipamentos necessários para captação e distribuição da água, obrigatório para irrigação.
O Programa Irrigar subvencionará os juros dos financiamentos contraídos pelos produtores rurais até o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), juros de até de 4,5% ao ano, durante um período máximo de oito anos. Estímulo ao armazenamento de água nas propriedades rurais e a implantação de sistemas de irrigação.
Segundo informações da Prefeitura Municipal de São Joaquim, desde junho de 2019, o estado vem passando pela estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos e que vem afetando várias regiões, principalmente a Serra Catarinense, onde algumas cidades já decretaram estado de emergência.O que fazer durante a estiagem:
Redobre os cuidados com a poupança de água: A seca pode dever-se à ausência ou diminuição de chuva ou, então, à dificuldade ou impossibilidade de fazer chegar a água às nossas casas, campos agrícolas ou indústria.
Não encha tanques ou piscinas, pode estar a gastar água necessária a outras pessoas.
Feche ligeiramente as torneiras de segurança de modo a diminuir o caudal de água.
Em caso de cortes de fornecimento de água armazene só a quantidade que vai necessitar. Se lhe sobrar água não a deite fora, utilize-a.
Durante uma seca a qualidade da água pode deteriorar-se. Em caso de dúvida ferva-a durante 10 minutos antes de a beber.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Prefeitura Municipal de São Joaquim
A região Sul segue sendo afetada pela estiagem. A falta de chuvas já vem desde agosto do ano passado, com intervalo de chuva em outubro e depois em janeiro. Segundo o climatologista Márcio Sônego o mês de fevereiro registrou pouca chuva, mas isto favoreceu a colheita de arroz.
O mês de março continuou seco e favoreceu a safra de mel, mas trouxe prejuízos a produtores de maracujá. O clima ainda seco em abril agravou a safra de maracujá e banana, e o crescimento das pastagens, impedindo a semeadura das pastagens de inverno (azevém e aveia). As previsões apontam que pelo menos nos próximos dez dias não deve haver chuvas abundantes que solucionem a seca, informou Sônego. "Em maio a previsão é de até 90 mm, o que aliviaria a situação, mas o inverno deve ser de pouca chuva e mais frio, por causa da volta do fenômeno La Niña", informou.
Com as previsões de pouca chuva nos próximos dias, Edson Borba da Gerência Regional de Criciúma disse que a região Sul passará a ter maiores perdas. "Principalmente em milho safrinha, silagem, pastagem de inverno, produção de leite e hortaliças", comentou. Borba levantou os efeitos da estiagem na região Sul, que são:
Deterioração da qualidade das pastagens;
Antecipação no uso da silagem;
Dificuldades no plantio da silagem na safrinha e das pastagens de inverno;
Aumento dos custos de produção;
Redução no ritmo de ganho de peso / perda de peso;
Venda de terneiros/novilhos com peso abaixo da média;
Produção de leite: -4% a -6% em março, com perspectiva de intensificação em abril
Fruticultura: diminuição da qualidade e queda de produção de maracujá, pitaia e banana;
Queda na produção de milho segunda safra e milho silagem.
Ainda conforme o gerente, a equipe da Epagri observou a comunicação de ocorrências de perdas para fins de acionamento do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) nas lavouras de milho nos municípios de Içara, Araranguá, Cocal do Sul, Urussanga e Sombrio.
De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) 2017, na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), existem 2.117 propriedades ruaris que produzem milho; e 4.717 propriedade que criam bovinos, e destes, 3.890 propriedades produzem leite. Somando milho (segunda safra) e milho silagem, são aproximadamente 5.200 hectares, disse Borba.
Em Araranguá, Sérgio Marini, que é vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba, falou que a situação é complicada quanto ao consumo de água. "Já tem comprometimento no abastecimento do consumo humano nas comunidades. Eu sou testemunha moro numa comunidade aonde ja estmo com difuldade de água potável na comunidade, tem problemas sérios na pastagem para o gado, as pastagens não se desenvolvem, estão secando; nas safrinhas de feijão, milho, todas estão sendo comprometidas pela falta de água; os nossos mananciais estão praticamente secos na região, temos o contato com diversos municípios da Bacia, os nossos mananciais já praticamente estão sem nada de água,nem a evasão ecológica", explicou.
Marini disse ainda que a situação só não é mais dramática porque não está no período da safra."A safra normal começa no mês de agosto a fevereiro, porque se essa estiagem acontecesse durante a safra, certamente nós iríamos ter umas frustrações de safra muito grande, mas mesmo assim, as outras culturas como a safrinha, todas elas estão sofrendo", comentou.
Neste momento o que está sendo feito é "principalmente, nós das associações, como a Associação Catarinense de Irrigação, a pouca água que tem é primeiro para o abastecimento humano e segundo para o abastecimento animal, e se sobrar outros setores podem usar", explicou Marini. A psicultura também deve enfrentar dificuldades nestes próximos meses, por conta da necessidade de repor água para a oxigenação dos peixes, informou.
Proagro
Visando atender aos pequenos e médios produtores, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações, na forma estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional - CMN.
O Proagro foi criado pela Lei 5.969/1973 e regido pela Lei 8.171/1991, ambas regulamentadas pelo Decreto 175/1991 e pela Lei Federal 12.058/2009. Suas normas são aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional -CMN e codificadas no Manual de Crédito Rural (MCR-16), que é divulgado pelo Banco Central do Brasil. (Fonte: Ministério da Agricultura)Projeto Irrigar
Objetivo: incentivar a irrigação das lavouras e pastagens, envolvendo o armazenamento de água em tanques escavados ou ainda em pequenos barramentos e os equipamentos necessários para captação e distribuição da água, obrigatório para irrigação.
O Programa Irrigar subvencionará os juros dos financiamentos contraídos pelos produtores rurais até o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), juros de até de 4,5% ao ano, durante um período máximo de oito anos. Estímulo ao armazenamento de água nas propriedades rurais e a implantação de sistemas de irrigação.
Segundo informações da Prefeitura Municipal de São Joaquim, desde junho de 2019, o estado vem passando pela estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos e que vem afetando várias regiões, principalmente a Serra Catarinense, onde algumas cidades já decretaram estado de emergência.O que fazer durante a estiagem:
Redobre os cuidados com a poupança de água: A seca pode dever-se à ausência ou diminuição de chuva ou, então, à dificuldade ou impossibilidade de fazer chegar a água às nossas casas, campos agrícolas ou indústria.
Não encha tanques ou piscinas, pode estar a gastar água necessária a outras pessoas.
Feche ligeiramente as torneiras de segurança de modo a diminuir o caudal de água.
Em caso de cortes de fornecimento de água armazene só a quantidade que vai necessitar. Se lhe sobrar água não a deite fora, utilize-a.
Durante uma seca a qualidade da água pode deteriorar-se. Em caso de dúvida ferva-a durante 10 minutos antes de a beber.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Prefeitura Municipal de São Joaquim
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