GIRO DA NOTÍCIA

2017 FOI O ANO MAIS VIOLENTO DA HISTÓRIA DO BRASIL COM UM TOTAL DE 63.880 MORTES.

#Brasil registrou 155.900 homicídios dolosos (que tiveram alta de 2,1% em relação ao ano anterior), 2.460 latrocínios (queda de 8,2%), 955 lesões corporais seguidas de morte (crescimento de 12,3%).



O ano de 2017 foi o mais violento da história do Brasil. Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (9), houve 63.880 mortes intencionais ao longo do ano passado. Isso representa 175 mortes por dia, ou sete a cada hora – num aumento de 2,9% em relação a 2016.

Do total de mortes, 155.900 foram homicídios dolosos (que tiveram alta de 2,1% em relação ao ano anterior), 2.460 latrocínios (queda de 8,2%), 955 lesões corporais seguidas de morte (crescimento de 12,3%). O número de mortos em intervenções policiais teve incremento de 20%: foram 5.144 (uma média de 14 por dia). Já o número de policiais mortos caiu 4,9% em comparação a 2016. Foram 367.

O anuário, produzido pelo Fórum de Segurança Pública, é um documento compila e analisa dados de registros policiais sobre criminalidade, informações sobre o sistema prisional e gastos com segurança pública, entre outros recortes introduzidos a cada edição.

Violência contra a mulher: O levantamento também traz dados de violência contra a mulher. Houve 221.238 registros de violência doméstica em 2017 (606 casos/dia). Também houve alta de 6,1% no número de mulheres assassinadas. Foram 4.539, sendo que desse total, 1.133 casos foram tipificados como feminicídio. Os casos de estupros cresceram 8,4%, chegando a 60.018.

Investimentos: O Anuário aponta que R$ 84,7 bilhões foram investidos em políticas de segurança pública em 2017. A média é de $ 408,13 por cidadão, o que equivale a 1,3% do PIB. Do montante, R$ 9,7 bilhões foram injetados pela União (alta de 6,9%), enquanto Estados e DF investiram R$ 69,8 bilhões. O investimento dos municípios caiu 2%: foram R$ 5,1 bilhões em 2017.

Com todo o investimento, o Anuário ainda expõe fragilidades da política. Conforme o levantamento, 94,9% das armas apreendidas em 2017 não foram cadastradas no sistema da Polícia Federal (SINARM); 13.782 armas legais foram perdidas, extraviadas ou roubadas (o que equivale a 11,5% das armas apreendidas pelas polícias no mesmo ano0.

"É como se um mês de trabalho das polícias tivesse se perdido", diz um trecho do relatório.


2017 foi o ano mais violento da história do país com mais de 63 mil mortes

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