GIRO DA NOTÍCIA

MAIS DE 15 MILHÕES DE FAMÍLIAS SÃO ATINGIDAS PELA CRISE ECONÔMICA EM 2018 NO PAÍS.

#Famílias impactadas pela crise subiu para 27 milhões neste ano, pouco mais da metade do universo total de 53 milhões de famílias pesquisadas.


A crise chegou a mais 15 milhões de famílias brasileiras neste ano, que passaram a enfrentar desemprego, inadimplência ou dificuldades orçamentárias, segundo a nova edição do 360º Consumer View, levantamento realizado anualmente pela Nielsen, empresa que estuda consumidores em mais de 100 países.

Com isso, o total de domicílios impactados pela crise subiu para 27 milhões neste ano, pouco mais da metade do universo total de 53 milhões de famílias pesquisadas.

O levantamento, porém, não considera todo o território brasileiro. Segundo a Nielsen, a região Norte ficou de fora do estudo.

Ao mesmo tempo, os números também mostram que 12 milhões de famílias saíram da crise neste ano. Outros 14 milhões de domicílios se mostraram imunes às turbulências financeiras.

O levantamento aponta que o número de lares que entraram em crise neste ano superou a parcela daqueles que deixaram as dificuldades para trás, Isso reforça, na visão da Nielsen, um cenário de "looping" (famílias entrando e saindo da crise) que gera "incertezas e dificuldades de forma mais duradoura".

Esses lares que estão em um ciclo vicioso, segundo o Consumer 360º, têm nível socioeconômico médio, com crianças e são impactados pelo desemprego e queda na renda.

Novo consumidor: Esse cenário resultou no surgimento de um novo tipo de consumidor no Brasil. "Ele é mais cauteloso, faz mais planejamento, pois não sabe como será seu futuro. A crise é muito dura e moldou esse novo comportamento", afirmou diretor do Painel de Lares da Nielsen Brasil, Ricardo Alvarenga.

Dentro do grupo das famílias que entraram na crise, 38% passaram a trocar de marcas, 22% reduziram os gastos, 67% estão endividados no cartão de crédito, 12% recorreram ao crédito consignado.

Além disso, a parcela que buscou rendas alternativas chegou a 68% neste ano, contra 58% em 2017. Entre as opções buscadas estão babás, diaristas, passeadores de animais de estimação, motoristas de aplicativos de mobilidade urbana, vendedores de catálogo de venda direta e de alimentos caseiros.

A prova que essas famílias vivem a instabilidade de forma cíclica é que, mesmo aquelas que saíram da crise e hoje não estão impactadas pelo desemprego e/ou contas atrasadas, também mudam de comportamento. Um total de 36% continua trocando de marcas, 64% estão com dívidas no cartão de crédito e 24% recorrendo ao consignado.

"Essa situação de entra e sai é muito difícil. O brasileiro tem que se planejar mais, fazer mais contas para conseguir adaptar seu orçamento", afirma Alvarenga. "Como ele está em "looping", não retoma os padrões de consumo anteriores, pois não sabe se sua situação atual vai melhorar ou piorar", acrescentou.

Mais de 15 milhões de famílias foram atingidas pelam crise em 2018

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