GIRO DA NOTÍCIA

NÚMERO DE MORTES POR COVID-19 CHEGA HÁ 6.820 - 743 ÓBITO EM 24 HORAS.

#Itália está em confinamento obrigatório desde 10 de março, quando um decreto do premier Giuseppe Conte proibiu que as pessoas saiam de casa, a não ser por motivos de trabalho e de saúde ou para comprar comida.




Após dois dias com números de mortes em queda, a Itália registrou 743 vítimas fatais nas últimas 24 horas em decorrência do novo coronavírus, atingindo o total de 6.820 óbitos, de acordo com o chefe da Agência de Proteção Civil. Na segunda-feira, 602 pessoas morreram, depois de 650 mortes no domingo e 793 no sábado — o número diário mais alto desde que o contágio veio à luz em 21 de fevereiro.

Apesar disso, o crescimento no número de novos casos se manteve abaixo de 10% pelo segundo dia seguido pela primeira vez desde que a primeira morte foi registrada em 21 de fevereiro — no início de março, o crescimento chegou a atingir 50% por dia. Nos últimos três dias, também houve uma diminuição no número de pessoas que tiveram resultados positivos em seus testes, uma queda de 22% entre sábado e segunda-feira. De acordo com a Defesa Civil, a Itália contabiliza nesta terça-feira 69.176 contágios, alta de 8,2% na comparação com a segunda 23 de março.

— A queda se concentra no Norte da península, porque os aumentos são registrados no Sul — destacou Walter Ricciardi, representante na Itália da Organização Mundial da Saúde (OMS) e consultor do governo. — Aparentemente, as medidas estão funcionando, mas não podemos baixar nossa guarda, precisamos mantê-las, hoje mais do que nunca é necessário ficar em casa.

O país inteiro está em confinamento obrigatório desde 10 de março, quando um decreto do premier Giuseppe Conte proibiu que as pessoas saiam de casa, a não ser por motivos de trabalho e de saúde ou para comprar comida.

Nesta terça, com o novo aumento de mortes, o governo aprovou novo decreto que endurece as punições para quem violar as regras de isolamento impostas: a partir de agora, as multas variam entre 400 (R$ 2,2 mil) e 3 mil (R$ 16,4 mil) euros. Todas as empresas não-essenciais que tinham sido obrigadas a fechar as portas até 3 de abril, podem ter que permanecer fechadas até 31 de julho.

Mais cedo, o chefe da Agência de Proteção Civil, órgão do governo que compila as estatísticas de Covid-19 no país, reconheceu que o número de casos no país pode ser dez vezes maior do que o reportado oficialmente.

A região norte da Lombardia, mais atingida, permanece em uma situação crítica, com um total de 4.178 mortes e 30.703 casos.

— Não é hora de declarar vitória, estamos vendo apenas uma luz no fim do túnel — alertou na segunda-feira Giulio Gallera, assessor de saúde da Lombardia.

Os italianos concentram, até o momento, o maior número de mortes no mundo, com quase o dobro da China, epicentro global da doença.

Ao contrário da nação asiática, no entanto, o número de testes para a Covid-19 tem sido limitado a pessoas internadas. Em outras palavras, milhares de casos estão sendo ignorados, inclusive os assintomáticos, que causam dois terços das infecções.



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