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BOLSONARO ASSINA DESFILIAÇÃO DO PSL APÓS CRISES E AINDA NÃO FORMALIZOU NOVO PARTIDO.

#Documento assinado por Bolsonaro agora será entregue à diretoria nacional do PSL enquanto outra via será entregue à Justiça Eleitoral. No caso, no Rio de Janeiro por ser o domicílio eleitoral do presidente da República, disse Kufa.





O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje a desfiliação do PSL, afirmaram seus advogados Karina Kufa e Admar Gonzaga após reunião com o presidente no Palácio do Planalto. "Hoje vai ser feito o pedido formal de desfiliação partidária do presidente da República", informou Kufa.

O documento assinado por Bolsonaro agora será entregue à diretoria nacional do PSL enquanto outra via será entregue à Justiça Eleitoral. No caso, no Rio de Janeiro por ser o domicílio eleitoral do presidente da República, disse Kufa.

Após a desfiliação ser concretizada, Bolsonaro deve ficar sem partido até a criação do Aliança pelo Brasil.

A vontade do grupo pró-Bolsonaro dentro do PSL é que o Aliança pelo Brasil seja lançado até o março do ano que vem para que possam lançar candidatos próprios nas eleições municipais do ano que vem. Estarão em disputa os cargos de prefeitos e vereadores.

Seguindo a Justiça Eleitoral, o grupo agora precisa colher 500 mil assinaturas em ao menos nove estados e entregá-las ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até março de 2020 para tanto.

Gonzaga disse que o argumento de saída por justa causa "é o que não falta" e não há motivo para que deputados federais percam o mandato caso saiam do PSL. Como exemplo, citou eventual falta de transparência e de boa gestão de recursos públicos, além de representações com os mesmos termos feitas por pessoas supostamente não filiadas ao partido.

"A cada dia as justas causas vão se acumulando. Isso é página virada", disse, ao defender não haver interesse de Bolsonaro no fundo partidário e que essa narrativa foi criada pela imprensa.

Questionado se é possível viabilizar o novo partido a tempo das eleições municipais, Gonzaga afirmou haver "avalanche" de apoio. No entanto, avaliou que "nem tudo depende de nós".

O estatuto e a forma da coleta das assinaturas em apoio à criação do Aliança pelo Brasil serão anunciados na quinta. O estatuto foi discutido hoje na reunião entre Bolsonaro e os advogados.

Questionados sobre o uso de aplicativo digital em celulares para recolher as assinaturas, Kufa e Gonzaga não garantiram que todo o processo ficará somente a cargo do modelo. A vontade dos pesselistas dissidentes é que a coleta para a criação do novo partido seja feita por meio de aplicativo com certificação digital a fim de acelerar o processo.

Uma possibilidade é que Jair Bolsonaro assuma a presidência do Aliança pelo Brasil, tanto para ficar no comando de fato quanto para se licenciar e abrir espaço para o filho e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no cargo.

De acordo com Kufa, uma vez desfiliado, não há impedimento para que Bolsonaro seja escolhido como presidente do Aliança na quinta-feira.

Ela acrescentou que o partido promoverá cursos pelo país a fim de disseminar as ideias da sigla e dará atenção inédita a pessoas com necessidades especiais.

Bolsonaro assina desfiliação do PSL

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