GIRO DA NOTÍCIA

SETE PAÍSES DA EUROPA VÃO ÀS RUAS DEFENDER OS DIREITOS DA COMUNIDADE LGBT+.

#Marcha LGBT+ aconteceram nas capitais da Itália, Grécia, Letônia, Croácia, Bulgária, Romênia e Polônia no último Sábado 09.


Milhares de pessoas tomaram as ruas de várias cidades da Europa para defender os direitos da comunidade LGBT no último sábado (9), com manifestações que levantaram a simbólica bandeira multicolorida e condenaram a discriminação em todas as suas formas.

Os desfiles pacíficos aconteceram nas capitais da Itália, Grécia, Letônia, Croácia, Bulgária, Romênia e Polônia.

Em Bucareste, cerca de 3.000 pessoas marcharam pelo centro da cidade e muitos comemoraram uma sentença emitida pelo mais alto tribunal da União Europeia (UE) no início desta semana, a favor do direito do romeno Relu Coman a ter seu esposo americano, Robert "Clai" Hamilton, morando com ele na Romênia.

"Clai e eu somos pessoas que não aceitamos a discriminação. Se entre nós mais pessoas fizessem o mesmo, o mundo seria melhor", disse Coman à AFP na marcha.

A Romênia não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo e argumentou que Hamilton não tinha direito a gozar dos vistos de residência da UE que são concedidos aos cônjuges.

"Embora os Estados-membros tenha liberdade para autorizar ou não o casamento homossexual, não podem obstaculizar a liberdade de residência de um cidadão da União negando a seu cônjuge do mesmo sexo" o direito de residência, indicou esta semana o Tribunal de Justiça da UE (TJUE).

Em Varsóvia, milhares de pessoas participaram no "Desfile da Igualdade" para protestar contra a discriminação e exclusão das minorias sexuais, mas também das minorias étnicas e das pessoas deficientes.

Os organizadores disseram que houveram 45 mil pessoas no desfile, enquanto a prefeitura calculou 23 mil.

Amor sem limites: "Venho de uma cidade pequena, participei pela primeira vez de um desfile pela igualdade há 10 anos escondida de meu pai", declarou à AFP Dominika Wroblewska, que marchou junto com sua parceira.

Sua companheira, Alicja Nauman, explicou que foi ao desfile porque quer "viver em um lugar onde cada [forma de] amor seja aceita, porque o amor não conhece fronteiras nem exclusões", declarou.

"A situação na Polônia é ruim porque as pessoas do mesmo sexo não podem se casar nem adotar filhos", disse Nauman.

Milhares de pessoas compareceram à 14ª edição do desfile do Orgulho Gay em Atenas. Os eventos de Atenas foram precedidos por mensagens de rejeição por parte das instituições e especialmente criticados pelos grupos de extrema-direita, mas a edição deste ano contou com a presença de uma delegação do partido liberal conservador Nova Democracia.

A fachada do parlamento se iluminou com as cores do arco-íris, em uma iniciativa do governo.

Desde que o governo de esquerda assumiu o poder em 2015, a Grécia estendeu as uniões civis a casais do mesmo sexo, autorizou mudanças de sexo a partir dos 15 anos e legislou para que os casais do mesmo sexo possam adotar crianças, embora o partido Nova Democracia tenha votado contra as reformas, às que também se opõe a poderosa Igreja Ortodoxa.

Em Riga, 8.000 pessoas participaram da Baltic Pride, indicaram os organizadores.

"A Letônia está em último lugar na UE em termos de direitos das pessoas LGBT", declarou à AFP Kaspars Zalitis, um dos organizadores.

"Não há proteção contra crimes de ódio, não existe respeito com as pessoas trans, é por isso que achamos que há uma grande urgência" de mudar isso, indicou.

"Não se trata apenas dos direitos dos LGBTs, mas dos direitos das mulheres e de outros grupos", destacou o ativista.

Antes do início da Baltic Pride, cerca de 30 pessoas protestaram contra "a promoção da homossexualidade e outras aberrações mentais", atendendo ao chamado da organização "Stop a imigração".

Em Roma, dezenas de pessoas marcharam no sábado, poucos dias depois de que o novo ministro da Família na Itália, do partido de extrema-direita Liga, provocou uma polêmica ao afirmar que as famílias homossexuais não existem legalmente.

Sete países da Europa realizam marcha em prol dos direitos da comunidade LGBT+

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